Você já viu uma abelha sem ferrão? Existem, catalogadas,
mais de 300 espécies silvestres de abelhas sem ferrão, Meliponíneos, próprias da região amazônica. A meliponicultura é o
estudo da criação racional dessas abelhas e vem sendo reconhecida como uma atividade
capaz de fornecer uma significativa agregação de renda para diversas
comunidades no país.
A principal espécie estudada atualmente no Pará é a Melípona Flavolineata, mais conhecida
popularmente como Uruçu Amarela.
Diversas características diferenciam as africanas (Apis Melífera) das melíponas, entre elas:
a ausência de ferrão desta última, a produção e qualidade do mel, o tamanho, a estrutura
da colméia, entre outras.
A produção de mel das melíponas varia de 5 a 10 litros por
ano, quantidade inferior em relação à das abelhas africanas (essas podem
produzir até 15 litros, ou mais, no mesmo período). As abelhas nativas permitem
maior facilidade na sua manipulação, pois não é necessário uma roupa específica,
já que elas não são agressivas.
Qualidade do mel - Outro fator interessante a respeito da
abelha Uruçu Amarela é a qualidade de seu mel, que possui alguns nutrientes diferenciados
e benefícios a mais que a da africanizada. Através de testes feitos pela
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Oriental com o
mel e o própolis desta abelha amazônica, constatou-se a eficácia de seu produto
no combate à determinadas bactérias.
Descobrimos essa informação entrevistando a universitária
Rosana Ribeiro dos Santos. Ela cursa Zooctecnia na Universidade Federal Rural
da Amazônia – UFRA e é bolsista da Embrapa, sob a orientação do pesquisador
Giorgio Venturieri. Venturieri é Doutor em Ecologia, pesquisa as abelhas
nativas há 20 anos, sendo que atualmente investiga técnicas de fertilização do
tomate cereja com abelhas nativas, que possuem a capacidade vibrar para
estimular a polinização.
Saiba mais no vídeo abaixo:
Ana Carolina Dias
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